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Tajani avalia que Irã cruzou linha vermelha e pede diálogo

Chanceler apoiou prosseguimento das conversas entre Teerã e EUA

Tajani participou de uma audiência com comissões mistas de Relações Exteriores da Câmara e do Senado

Redação Ansa

(ANSA) - O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, afirmou neste sábado (14) que o Irã cruzou a linha vermelha em relação ao seu programa nuclear e apoiou o prosseguimento das negociações entre o país persa e os Estados Unidos sobre o tema.

O chanceler, tendo como base um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), afirmou que Teerã "violou as regras e ultraou os limites em relação à construção de armas atômicas".

"Diante de uma ameaça nuclear, não pode haver ambiguidade. O Irã não pode se equipar com bombas atômicas", disse Tajani em uma audiência perante as comissões mistas de Relações Exteriores da Câmara e do Senado.

"Sa'ar me enfatizou que a decisão de lançar a operação foi resultado de informações de inteligência sobre Teerã, a ponto de constituir uma ameaça existencial para Israel, para a região e para a comunidade internacional", acrescentou.

Em seu discurso, o vice-premiê destacou a necessidade de "não romper o fio do diálogo", além de ter defendido a continuação das negociações entre os EUA e o Irã para um acordo sobre o programa nuclear dos persas. Vale destacar que duas rodadas de conversas aconteceram em Roma, na Itália.

"O objetivo prioritário continua sendo uma solução diplomática para a crise. Esperamos que a sexta reunião entre Irã e EUA possa ocorrer em Mascate e convidamos Teerã a seguir o caminho da diplomacia", comentou o italiano.

Tajani também recordou que a escalada da crise no Oriente Médio colocou em risco a liberdade de navegação em uma rota marítima considerada "crucial" para Roma e o comércio global.

"As implicações de um conflito militar prolongado entre Israel e Irã seriam extremamente significativas: as repercussões seriam sentidas não apenas em termos de segurança regional, mas também em termos econômicos, energéticos, humanitários e migratórios", finalizou. 
   

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