O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou na última quarta-feira (11) que alguns funcionários americanos em missão em países do Oriente Médio, como Iraque, Bahrein e Kuwait, receberam ordens para deixar as embaixadas devido ao aumento da tensão na região.
A solicitação foi enviada a diplomatas e militares não essenciais pelo Departamento de Estado, em meio aos rumores de que Israel estaria pronto para atacar o Irã por conta do programa nuclear do país persa.
Após o conselho da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) adotar uma resolução que condena o Irã por "falta de respeito" em relação a suas obrigações nucleares, Teerã anunciou que irá aumentar suas atividades de enriquecimento de urânio.
A partir disso, o Ministério das Relações Exteriores de Israel declarou que "o Irã está empenhado em um programa de armamento nuclear secreto e sistemático", o que significaria que "o acúmulo rápido de urânio altamente enriquecido demonstra claramente que a natureza do programa não é civil".
"O Irã obstrui constantemente as atividades de verificação e monitoramento da Aiea ao expulsar inspetores, limpar e ocultar locais suspeitos não declarados. Israel alerta que tais ações minam o regime global e representam uma ameaça imediata à segurança e à estabilidade regional e internacional", acrescentou a pasta.
Quanto ao Irã, um "país amigo" o teria avisado sobre as ameaças de ataque de Israel. "O Irã não irá renunciar ao seu direito de enriquecimento de urânio devido às crescentes tensões na região", disse um alto funcionário iraniano citado pela Reuters. Segundo a fonte, a pressão visa "influenciar Teerã a mudar sua posição" antes da nova rodada de negociações com os EUA, marcada para domingo (15), em Omã.
Hoje, o chefe do Estado Maior das Forças Armadas do Irã, Mohammad Bagheri, ordenou o início de uma série de exercícios militares, conhecidos como "exercícios de autoridade", cujo objetivo é "fortalecer a defesa, a prontidão operacional e as capacidades de dissuasão das forças armadas iranianas".
Segundo ele, "os exercícios deste ano foram programados com modificações no calendário militar regular e são projetados para responder à evolução das ameaças regionais e dos movimentos adversários".
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